Unoeste atende em Ambulatórios de Saúde da Mulher
Estudantes do 8º termo da Medicina Jaú realizam atendimento ginecológico e obstétrico supervisionado nas mulheres em Unidades de Saúde da Família
Estudantes do 8º termo da Medicina Jaú realizam atendimento supervisionado em Ambulatório Didático de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Foto Thais Gonçalves)
Todo serviço ambulatorial universitário tem como principal objetivo a formação de recursos humanos, juntamente com uma contribuição imensurável para a saúde da sociedade. Por meio dessa vivência das atividades práticas, os estudantes da Medicina Jaú da Unoeste têm a oportunidade de aplicar, nos diversos ambulatórios, os conhecimentos teóricos obtidos em sala de aula e nos laboratórios da universidade. É nesse contexto que se encontram os Ambulatórios Didáticos de Atenção Integral à Saúde da Mulher, inseridos nos postos de saúde do Jardim Padre Augusto Sani, do Jardim Pires I, do Jardim Maria Luiza IV, da Policlínica e também do GESTAR, que visam o cuidado integral de todos os aspectos da saúde da mulher, em especial a saúde ginecológica e obstétrica, bem como a capacitação dos alunos da faculdade.
Os atendimentos que estão sendo realizados nesses ambulatórios são resultado de mais uma parceria fechada entre a Unoeste e a Prefeitura de Jahu por meio da Secretaria de Saúde. Ana Paula Rodrigues, chefe da pasta, comenta que essa colaboração da universidade é de extrema importância, pois de acordo com ela existia uma demanda muito grande e também uma cobrança enorme dos munícipes em relação ao atendimento ginecológico
“Com certeza essa ajuda vinda da Unoeste vai contribuir de muitas formas, além de auxiliar a zerar as filas ocasionadas pela nossa demanda reprimida por falta de profissionais da área, vamos conseguir oferecer um atendimento mais rápido e de mais qualidade às mulheres jauenses”, afirma.
A secretária informa que para receber o atendimento, a mulher deve se dirigir à unidade de saúde mais próxima da sua residência. “Chegando no postinho, basta ela procurar pela enfermeira responsável, que fará o agendamento nos dias em que ocorre o Ambulatório de Saúde da Mulher e ela será atendida pela equipe da Unoeste”.
De acordo com o coordenador da Medicina Jaú da Unoeste, Dr. José Oliveira Filho, a proposta é que no ambulatório didático em Saúde da Mulher os estudantes possam aplicar, com total segurança e acompanhamento direto de um professor médico especialista tudo aquilo que estudaram nas aulas teóricas e treinaram nos laboratórios de habilidades. “Dessa forma eles vão construindo a competência necessária para conduzir, no futuro, as demandas mais comuns e frequentes da área”, enfatiza.
Dra. Lenira Maria Queiroz Mauad é uma das ginecologistas responsáveis pelo acompanhamento dos universitários nesses atendimentos. A médica ressalta que o ambulatório didático, além de desenvolver as habilidades dos acadêmicos, tem como principal objetivo ensinar a forma como a mulher deve ser atendida. “As atividades são focadas na obstetrícia patológica e normal, que é o pré-natal de alto risco e o tradicional, além dos atendimentos ginecológicos. Nesse cenário, nós como professores queremos que eles não só desenvolvam a capacidade de atendimento à mulher, mas principalmente a forma como ela tem que ser atendida, dentro de um contexto de respeito com a sua intimidade, afinal, o tratamento durante a consulta ginecológica vai muito além da anatomia e das patologias que eles aprendem”, reitera.
Ginecologista, obstetra e vídeo cirurgiã, a Dra. Marjory Segalla Moreira também é responsável por esse acompanhamento com estudantes. Ela destaca que essa vivência é muito importante para o desenvolvimento dos futuros profissionais e menciona que hoje em dia a formação do médico precisa ser global, pois o profissional não pode se limitar a realizar apenas um tipo de tratamento ou passar uma receita.
“O médico precisa avaliar a paciente como um todo, por isso, os estudantes começam a ter esses primeiros contatos por agora. É dessa forma que eles vão acompanhar paciente por paciente com calma e tranquilidade para que eles possam estar desenvolvendo esse perfil de observar a paciente como um todo, ver as necessidades dela e tratar da maneira adequada. Realizando essa prática com pessoas reais fica mais fácil do futuro médico assimilar depois no dia a dia, o que contribui positivamente para a sua formação”, reforça.
A médica afirma também que o objetivo é formar profissionais diferenciados. “Nós queremos que eles não sejam só estudantes que aprenderam determinadas doenças e como tratá-las, mas sim a olhar com uma visão diferenciada cada paciente que vai passar por eles, e assim, dar uma conduta mais individualizada e humanizada para cada pessoa”.
Milena Landucci Navasm, 44, foi uma das pacientes atendidas pelos estudantes no ambulatório do posto do Jardim Padre Augusto Sani. Ela foi só elogios aos futuros médicos. “Vim para trazer os meus exames e tirar algumas dúvidas e fiquei muito satisfeita com atendimento dos alunos, eles são muito educados, simpáticos e prestativos. É um ganho muito grande para o bairro e para a saúde”.
O acadêmico do 8º termo Juliano Souza, relata que essa experiência está sendo incrível e tem contribuído de todas as formas possíveis para a sua formação. “Está sendo um momento de muito aprendizado, estamos vivenciando tudo na prática, questões reais, análise de exames, aprendendo condutas de abordagem, o que sem dúvidas é muito bom para o nosso desenvolvimento profissional, sem falar que estamos tendo um contato ótimo com a população do Sani e também dos demais postos. Estamos aprendendo e ao mesmo tempo colaborando com a saúde, isso é muito gratificante”, finaliza.
O coordenador da Medicina Jaú, Dr. José, a médica responsável pelo serviço, Dra. Marjory, e a secretária, Ana Paula, com as estudantes da Medicina Jaú (Foto: Thais Gonçalves)
