10/02/2022

Universidade aponta que 72% das pesquisas são propostas por mulheres

Nesta sexta-feira (11) comemora-se o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência; participação feminina em produção científica é expressiva na Unoeste

Dra. Sheila Firetti diz que, regra geral, as meninas se ajustam melhor no perfil para pesquisa (Crédito: Ector Gervasoni) 

 

A Unoeste está entre as universidades particulares pioneiras envolvidas com a ONU Mulheres, organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, voltada ao empoderamento das mulheres e igualdade de gênero. Iniciativa de 2015 e que instituiu 11 de fevereiro como o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. A participação feminina em produção científica na Unoeste é bem expressiva. Nos últimos cinco anos, 72% dos projetos cadastrados na Coordenadoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (CPDI) foram propostos por pesquisadoras.

Idêntico percentual ocorre no Laboratório In Vitro de Embrião, pelo qual responde a Dra. Sheila Merlo Garcia Firetti, que atende alunos das ciências agrárias e biológicas em estágio e que atua orientando iniciação científica, no que tem o histórico da obtenção de seis bolsas financiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), sendo as quatro mais recentes nos últimos dois anos. Uma caminhada temporariamente inviabilizada por quase dois anos da pandemia coronavírus, mas que está sendo retomada de forma gradativa desde o segundo semestre do ano passado.

A doutora em produção animal conta que primeiro é ofertado o estágio de um ano, para depois o aluno ser inserido na iniciação científica. Em termos do perfil para a pesquisa, que requer condições como organização e paciência, as meninas se ajustam melhor e representam 75% do envolvimento geral, sendo que das seis bolsas quatro foram obtidas por meninas e duas por meninos. Em suas atividades de produção científica, a Dra. Sheila tem a parceria da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), no Polo Regional da Alta Sorocabana.

Embora seja professora das graduações em Zootecnia e Agronomia, tem recebido alunos dos cursos de Medicina Veterinária, Ciências Biológicas e Biomedicina. Junto à Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext) atua no curso teórico-prático de produção in vitro de embriões de bovino. Está na Unoeste há 11 anos e comenta que a boa estrutura contribui bastante com a produção científica, destacando que o laboratório sob a sua responsabilidade foi alocado do biotério para o bloco Q no campus 2, local que abriga outros laboratórios e as relações de uso comum tornaram mais viável o desenvolvimento dos trabalhos.

Das escolas para a universidade

A coordenadora dos cursos de licenciatura e bacharelado em Química, professora na graduação e pós-graduação Dra. Patrícia Alexandra Antunes, que faz parte de projeto de extensão nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (Stem), conta que já trouxeram para dentro da Unoeste, com participação em diferentes atividades, mais de mil meninas do ensino fundamental e médio de Presidente Prudente e região. O objetivo tem sido o de incentivar a inserção de meninas na Stem e o projeto será retomados em breve, pois ficou suspenso provisoriamente por causa da Covid-19.

Conforme a Dra. Patrícia, além do suporte da Proext, o projeto tem o apoio da Pró-reitoria Acadêmica (Proacad); da Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (Faclepp); e da Faculdade de Engenharias e Arquitetura e Urbanismo (Fepp). O projeto Meninas na Stem, na primeira edição em 2018, a Unoeste recebeu 450 alunas; na segunda edição, em 2019, mais de 600 alunas do ensino básico participaram do circuito de oficinas criativas e manifestaram encantamento, sendo recebidas por mais de 100 envolvidos pela universidade: coordenadores, professoras, universitários e técnicos de laboratórios.


Legenda: Dra. Sheila Firetti: regra geral, as meninas se ajustam melhor no perfil para pesquisa
Créditos: Ector Gervasoni