23/01/2020

Tendência na educação, pesquisa aborda estudante como protagonista

Denise Alessi Delfim de Carvalho acredita em uma educação transformadora; estudo do mestrado em Educação teve como foco o ensino infantil

Foto: Erika Foglia

Banca examinadora teve participação da Dra. Sannya Fernanda Nunes Rodrigues, da UFMA, que participou por videoconferência

 

Apostando em uma forte tendência em educação, Denise Alessi Delfim de Carvalho, desenvolveu como parte de seus estudos no Programa de Mestrado em Educação da Unoeste a dissertação intitulada “Pedagogia de projetos na educação infantil: os significados na organização do espaço escolar”.

De acordo com Denise, que é pedagoga e docente da Unoeste, o objetivo é defender uma educação transformadora, onde o estudante se torna protagonista da própria aprendizagem com a mediação do professor. “O docente deixa de ser autoridade e detentor do saber na sala de aula e dá chances para o aluno trazer o conhecimento que ele tem de mundo para  relacionar com os conteúdos trabalhados”, explica.

A pesquisa foi realizada em uma escola particular de Presidente Prudente e participaram da experiência cinco professoras de educação infantil e 82 estudantes das séries em que as atividades dos projetos foram desenvolvidas. “Foram realizados quatro encontros para a tematização da prática, utilizando como recursos a filmagem das atividades didáticas desenvolvidas. Pensando em pedagogia de projetos, muitas vezes o professor tem medo de não ter recursos para o trabalho. Meu objetivo foi mostrar que muito pelo contrário, esta é uma mudança que tem que vir de dentro pra fora, é este docente que sente a necessidade de se tornar parceiro de seu aluno para se inserir nessa nova forma de ver a sala de aula. Então, o recurso a ser trabalhado é exatamente aquele que a escola já possui, não há a necessidade de grandes estruturas físicas para o aluno ser protagonista de seu próprio conhecimento”, salienta.

A pedagoga revela que escolheu este tema justamente por acreditar que o estudante do século 21, em um contexto em que a pedagogia tradicional ainda é muito forte, não se adequa mais a este cenário. “Os professores precisam ter mudanças de postura e nova forma de enxergar a educação, isso desde os pequenos até os jovens e adultos da graduação. Foi-se a época em que só o professor falava. As aulas têm que ser dinâmicas, os estudantes precisam ser participativos e se sentir valorizados dentro da sala de aula, pois temos que trabalhar não somente os conceitos, mas o atitudinal também. Ou seja, a valorização do que o aluno já sabe para a partir dali alimentar novos conhecimentos”, fala.

Para a orientadora, a Dra. Danielle Aparecida dos Santos, o trabalho teve grandes resultados não somente pela ótima escolha e excelente execução durante todo o processo, mas principalmente porque a mestranda mostrou desde o início sua paixão pelo assunto e pela pesquisa. “A Denise é apaixonada pela educação e não é daqueles estudantes que buscam somente o título e acabam por escolher temas mais fáceis. Ela escolheu um assunto complexo e difícil de ser trabalhado e isso mostra a pesquisadora que ela é, uma profissional que não mediu esforços para chegar aos resultados que presenciamos nesta apresentação”, revela.

A defesa pública ocorreu na tarde dessa quarta-feira (22), no campus II, pelo Programa de Mestrado em Educação da Unoeste. Orientada por Danielle, a banca examinadora teve ainda a participação da Dra. Raquel Rosan Chistino Gitahy e da Dra. Sannya Fernanda Nunes Rodrigues, docente convidada da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que na ocasião participou por videoconferência.


Legenda: Banca examinadora teve participação da Dra. Sannya Fernanda Nunes Rodrigues, da UFMA, que participou por videoconferência
Créditos: Erika Foglia
Legenda: Denise: “As aulas têm que ser dinâmicas, os estudantes precisam ser participativos e se sentir valorizados dentro da sala de aula”
Créditos: Erika Foglia