17/04/2020

Televigilância: Medicina orienta pacientes com Covid

Em parceria com a Vigilância Epidemiológica, estudantes do último ano trabalham voluntariamente no auxílio a pacientes com suspeita ou confirmação da doença

Foto: Cedida

Fabiana é estudante de Medicina e tem atuado como voluntária nesta primeira semana de atendimento

 

Teve início nesta semana mais uma ação da Unoeste de orientação à população sobre a Covid-19. Contando com a parceria da Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM), os acadêmicos do último ano do curso de Medicina trabalham voluntariamente no auxílio na televigilância de pacientes com suspeita ou com confirmação diagnóstica da doença e que estão com recomendação de isolamento domiciliar.

De acordo com o professor responsável pela escala de estudantes na ação, Dr. Ricardo Beneti, os acadêmicos são orientados por profissionais da própria VEM e por docentes do curso de Medicina com o objetivo de verificar o estado de saúde dessas pessoas e proceder orientações, principalmente relacionadas ao isolamento domiciliar desses pacientes e familiares. “São grupos de sete acadêmicos que fazem rodízio a cada nove dias. Ao todo, cerca de 20 estudantes cumprirão um período de três semanas nesta função. Porém, há a possibilidade de prorrogação deste prazo, caso necessário”, explica.

Beneti salienta que este trabalho é fundamental não apenas para aqueles atendidos diretamente, mas também para toda a população, pois assegura o cumprimento do isolamento domiciliar correto dos casos que potencialmente poderiam estar transmitindo a doença para pessoas saudáveis, aumentando o número de casos e óbitos. “Mais do que colaborar para a formação destes estudantes na visão epidemiológica de controle de uma pandemia, trata-se de uma devolutiva direta e positiva destes acadêmicos e futuros médicos em uma ação de assistência a toda a população de Presidente Prudente e região, auxiliando diretamente no controle da transmissão desta patologia na população”, diz.

Para Guilherme Rapozo Constantino, do 12º termo de Medicina, que tem atuado como voluntário na ação nesta primeira turma, esse tipo de orientação em período de pandemia é essencial, pois a informação é a principal arma para o combate eficaz da doença. “Percebo que ainda falta muita informação para algumas pessoas. Muitos ainda têm algumas dúvidas básicas e o atendimento é a oportunidade de sanar essas questões. Tem sido uma experiência enriquecedora, apesar de nova! Mesmo que por telefone, enquanto acadêmicos, conseguimos estabelecer uma relação médico-paciente de ajudar a população. Tem sido um grande aprendizado profissionalmente falando”, revela.

Fabiana Rodrigues Fagote também cursa o 12º termo e atua como voluntária no projeto. De acordo com ela, durante as ligações a pacientes e profissionais da saúde há uma investigação da situação atual dessa pessoa e são reforçadas orientações tanto a elas quanto ao contactantes, ou seja, indivíduos que possam ter entrado em contato com o paciente ou suspeito no período de transmissibilidade, tanto em casa quanto no trabalho.

“Além de reforçarmos as medidas de prevenção, também esclarecemos diversas dúvidas para evitar o pânico e encaminhamos os casos suspeitos para diagnóstico e tratamentos adequados. Como estudante de Medicina, esta experiência acrescentará muito na minha formação, pois através dela sou capaz de contribuir com medidas de educação em saúde, que acredito que seja um dos pilares mais importantes para o controle dessa situação em que estamos vivenciando”, finaliza a acadêmica.


Legenda: Fabiana é estudante de Medicina e tem atuado como voluntária nesta primeira semana de atendimento
Créditos: Cedida