27/05/2022

Representações artísticas compõem rotina de acadêmicos

Alunos da 2ª melhor universidade particular do estado de São Paulo compartilham como a arte faz parte de suas vidas

Daniel e Luciana são os responsáveis pela exposição “Varal NEIA: um lugar de fala” (Foto: João Paulo Barbosa)

 

Sempre comprometida com a responsabilidade social, além de possibilitar um ambiente inovador que contribua com a formação dos estudantes, a 2ª melhor universidade particular do estado de São Paulo realiza ações que possibilitam momentos de reflexão para ampliar as discussões sobre diversos temas, dentre eles a cultura e a arte. Daniel Oliveira Creste e Luciana Laluci Tozze, do curso de Medicina, em Presidente Prudente, são os responsáveis pelo Núcleo Estudantil de Incentivo à Arte (NEIA) e organizaram uma exposição na Rede de Bibliotecas da universidade. Neste mesmo contexto, os alunos Fabiana Vernize Martos, do Jornalismo, e Kevin Amaral, da Psicologia, contam como a escrita e a dança fazem parte de suas vidas.

Para Daniel, do 12º termo do curso médico, a falta de movimentos que incentivem a arte é algo marcante para ele. “É evidente a grande carência existente em nossa cidade por movimentos que incentivem a arte e deem suporte aos artistas independentes. Por isso, decidimos fazer a exposição para ressaltar a importância de olharmos para aquilo que nos cerca, o cenário que compõe nossa realidade local, para então compreendermos nosso papel enquanto alunos e instituição diante da enorme demanda que existe e usarmos cada vez mais estes recursos em prol da sociedade em que estamos inseridos”, explica.

Luciana compartilha do pensamento do colega de curso e enfatiza que a exposição busca possibilitar diálogos. “Penso que a exposição mira, em última análise, na abertura de uma janela dialógica para com e pela arte, transpor as barreiras do insensível cotidiano para estabelecer intersubjetividades, criando linguagens outras para muito além daquelas já desgastadas pelo irrefletido uso na vida acadêmica. A exposição tematiza o varal enquanto espaço íntimo, onde são estendidas as vestes que carregam os resultados dos nossos encontros e desencontros com a vida, o mundo e o outro, à semelhança do fazer artístico que buscamos incentivar”, reflete.

Para os acadêmicos, as contribuições da universidade foram fundamentais para a execução do núcleo estudantil. “A Unoeste deixou à nossa disposição recursos humanos e materiais, essenciais para que este projeto pudesse se concretizar. Nos deu todo o suporte que precisávamos e não deixou faltar a assistência que foi prestada através dos professores e dos funcionários, os quais fizeram tudo o que estava ao seu alcance para colaborar com nossa iniciativa”, salienta Daniel. Luciana conta que a universidade contribuiu diretamente com o projeto. “Além de todo o apoio dos professores e funcionários, a Unoeste, como na forma de apoio, viabilizou espaços e materiais. Isso nos ajudou na realização da ação”.

Expressões artísticas

Fabiana é aluna do 5º termo do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste e também é escritora. Para a aluna, que já escreveu dois livros, a escrita vai além de palavras em um pedaço de papel. “Escrever é libertador e acolhedor. Quando se trata de sentimentos, muitas coisas que não consigo dizer verbalmente, é a escrita que me salva. Ela organiza meus pensamentos e é um encontro de mim comigo mesma”, conta.

Ela fala que o interesse pelos livros surgiu desde criança e que as histórias sempre fizeram parte de sua vida. Mas, foi na adolescência que o gosto pela literatura se desenvolveu ainda mais. “Os romances sempre foram os meus favoritos. Mas, não sei o que aconteceu, tem ocorrido uma decadência nas histórias românticas. É tudo muito fugaz! O livro tem paixão, descrições incrivelmente românticas do início ao fim, é tudo muito intenso, mas... tá, e aí? ‘O que mais?’, eu me perguntava. Sinto que falta propósito para as histórias. Ao invés de continuar reclamando, tomei uma decisão: resolvi eu mesma escrever um livro”.

Fabiana conta que vê a escrita como um dom de Deus para tocar vidas (Foto: Cedida)

No 9º termo do curso de Psicologia, Kevin afirma que sua prioridade são os estudos, mas, tenta conciliar com sua participação nos grupos de dança que participa. “Meu foco são os estudos. Os horários de ensaio são bem flexíveis e eu não preciso ter que escolher entre um ou outro, pois consigo conciliar os dois sem problemas”, fala o bolsista de iniciação cientifica na Unoeste. O aluno ainda conta que a dança entrou em sua vida em 2011, quando seus irmãos começaram a fazer aula e surgiu seu interesse. “Na segunda vez que eles foram à aula, fui junto para ver do que se tratava, achei muito interessante e quis fazer também”.

Para ele, a arte também está presente em sua vida por meio da escrita. O aluno relata que iniciou suas poesias a partir das situações reais em que vivia. “Comecei escrevendo sobre o meu dia em textos corridos e quando conheci a estrutura de poemas e poesias, mudei a maneira de escrever. Hoje, sinto que achei minha forma de escrever, tenho um perfil no Instagram [@Versos_Vagos] e nele compartilho os poemas que realmente tenho certeza que vieram da minha experiência e não da necessidade de produzir algo para alguém”. 

Núcleo Estudantil

Criado em 2019, o NEIA surgiu com o intuito de possibilitar a criação de projetos relacionados com cultura e arte na universidade. “O objetivo central do NEIA é dar autonomia aos alunos na criação de movimentos que expressem suas individualidades no cenário universitário e na cidade como um todo, estimulando a criatividade e a crítica para além das burocracias que são necessárias para a realização de tais projetos, mas, sem deixar de obter as devidas horas curriculares como reconhecimento formal da execução dessas iniciativas” fala Daniel.

A exposição "Varal NEIA: um lugar de fala", na Rede de Bibliotecas da Unoeste, atualmente na unidade 1, no campus 1, em Presidente Prudente, conta com a participação dos alunos e dos professores Dra. Adriana Pedrassa Prates, responsável pelo projeto junto à Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext), pela curadoria, da professora Korina Costa, responsável pela expografia, e Dra. Luli Hata, responsável pelo Núcleo de Desenho e Arquitetura (DESARQ) e articuladora da ação. A exposição contou ainda com o apoio dos estudantes dos cursos Design, Design de Moda EAD, Arquitetura e Urbanismo, Medicina, Especialização em Arquitetura de Interiores e do professor Lucas do Carmo Dalbeto.


Legenda: Daniel e Luciana são os responsáveis pela exposição “Varal NEIA: um lugar de fala”
Créditos: João Paulo Barbosa
Legenda: Fabiana conta que vê a escrita como um dom de Deus para tocar vidas
Créditos: Cedida