05/02/2021

Prudente terá centro tecnológico no segmento da batata-doce

Plano de trabalho para estabelecer acordo de cooperação técnica envolve a iniciativa privada e o poder público

Reunião para debater o plano de trabalho de criação do centro tecnológico (Foto: Ector Gervasoni)

 

Desenvolver novas variedades, melhorar as técnicas de manejo, aumentar a produção média por hectare, proporcionar maior competividade da cadeia produtiva, contribuir para atrair indústria, gerar emprego e renda estão entre os benefícios previstos a partir da criação do Centro de Pesquisa e Difusão de Tecnologias da Batata-Doce para o Programa de Apoio à Agricultura Familiar, a ser implantado em Presidente Prudente (SP).

As primeiras tratativas com o poder público ocorreram na manhã desta sexta-feira (5), em reunião na Unoeste e com a apresentação do plano de trabalho voltado para formalização de acordo de cooperação técnica entre a universidade e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Presidente Prudente (Sedepp). A iniciativa surgiu do projeto Nosso Oeste Paulista, voltado ao fomento turístico e ao desenvolvimento agropecuário.

Projeto do Instituto Oeste Paulista de Turismo e Eventos Convention & Visitors Bureau que vem sendo elaborado desde o ano passado em parceria da Unoeste, com apoio da Associação Comercial e Industrial de Presidente Prudente (Acipp) e do Sicoob Paulista, incluindo o envolvimento de vários parceiros nos planos local e regional. A proposta de instalação do centro tecnológico já tem o aporte financeiro.

Através de emendas impositivas, os vereadores Demerson Dias e Enio Perrone estão destinando R$ 140 mil para a Sedepp que firmará acordo de cooperação técnica com a Unoeste, por deliberação do prefeito Ed Thomas e de tratativas entre os jurídicos das duas partes. O plano de trabalho foi bem recebido e restam somente os trâmites burocráticos.

O oeste paulista ocupa o 1º lugar no ranking estadual da batata-doce com a produção de 33% do total e a média de 15,38 toneladas por hectare, o que está acima da média nacional de 14,5. Todavia, pesquisadores científicos afirmam que a produção é baixa diante da possibilidade de poder atingir 25 ou mais, dependendo do cultivo de genótipos mais adaptáveis ao solo arenoso e aos períodos de estiagem.

Existem outras questões a serem trabalhadas, a exemplo do aproveitamento do descarte da batata em processos de seleção do produto a ser destinado ao mercado consumidor, nacional e internacional. A saída é industrializar o descarte em processamento para ração animal, por exemplo. No fomento ao segmento industrial existe também a possibilidade de cultivo para a produção de açúcar e álcool.

No encontro de hoje, estiveram presentes pela Unoeste os pró-reitores Acadêmico Dr. Eduardo Creste (representando a Reitoria), o de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão Dr. Adilson Eduardo Guelfi, o diretor da Faculdade de Ciências Agrárias, Dr. Carlos Sérgio Tiritan, a coordenadora geral de ações extensivas Cidinha Martines e o pesquisador Dr. André Ricardo Zeist, especialista em batata-doce.

Tiritan também é o coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Agronomia, que oferece mestrado e doutorado. Pelo Instituto Oeste Paulista e Acipp, o presidente Ricardo Anderson Ribeiro. Pela Sedepp, a secretária Ana Paula Setti e o diretor do departamento de agricultura Maurício Nabhan. O presidente da Câmara Municipal, Demerson Dias, esteve acompanhado do chefe de gabinete Pedro Mendes e do diretor de comunicação institucional Maycon Morano.

A Associação dos Produtores de Batata-Doce de Presidente Prudente e Região (Aprobarpp) esteve representada pela secretária Cláudia Prandini. O diretor geral da Unoeste Dr. Augusto César de Oliveira Lima chegou no final e reafirmou a disponibilidade institucional de parcerias com a administração pública. Conforme, o Dr. Adilson foi um encontro muito produtivo e que resultará em benefícios para Prudente e região, reforçando a excelência da Unoeste em tudo que faz.


Legenda: Reunião para debater o plano de trabalho de criação do centro tecnológico
Créditos: Ector Gervasoni