Projeto Costurando Ideias ensina confecção de peças básicas
Atividade que começou no 1º semestre deste ano abre nova turma a partir de outubro; objetivo é contemplar comunidade externa além dos alunos
Neste segundo semestre, projeto terá seis encontros no total, com aulas sempre à noite: das 19h às 22h (Foto: Ector Gervasoni)
Costurando ideias. Esse é o nome do novo curso da Unoeste pra quem se interessa por moda, mas não necessariamente precisa ser um expert no assunto para se aventurar na confecção de peças básicas. Tendo iniciado no primeiro semestre deste ano como projeto-piloto, deu tão certo que a pretensão agora é ampliar os atendimentos na formação da segunda turma e contemplar não somente os alunos da universidade, mas também interessados da comunidade externa. As inscrições seguem até esta quarta-feira (25) e podem ser feitas neste link.
O curso começa no dia 30 deste mês e se estenderá até o dia 12 de dezembro. Serão seis encontros no total, com aulas sempre à noite, das 19h às 22h, totalizando carga horária de 21 horas em cinco segundas-feiras e uma terça-feira. Outro fator importante é que as aulas que eram ministradas no laboratório de Design, serão oferecidas agora no laboratório próprio do curso de Design de Moda.
O projeto começou como na condição de piloto no primeiro semestre deste ano. Foi realizado de fevereiro até junho, às quintas-feiras, sempre das 17h às 19h. Na largada, contou com uma maior participação da comunidade acadêmica, entre alunos de Design de Moda, Arquitetura e Urbanismo, Design e Arte Visuais. Algumas pessoas da comunidade externa também participaram, sendo que uma delas até manifestou interesse em cursar Design de Moda na modalidade EAD semipresencial.
“É um curso para atender todos os níveis, quem quer se aprimorar, quem quer se aperfeiçoar e quem quer aprender do zero. Então a gente vai trabalhando individualmente para que todos saiam com algum progresso do curso”, adianta a coordenadora do curso de Design de Moda da Unoeste, professora doutora Veridiana Ferreira. Se o aluno tem facilidade com molde ou costura, consegue confeccionar de duas ou três peças durante o curso. Àqueles que apresentam mais de dificuldade, confeccionam ao menos uma peça. “Depende muito do que o aluno já conhece. Nós temos os maquinários, auxiliamos na produção e o curso é contínuo, tanto que o projeto que é extensionista já está cadastrado para o segundo semestre. Então o aluno que fez o primeiro semestre poderá retornar para fazer o segundo”, completou a coordenadora.
Dra. Veridiana explica que o aluno começa o curso aprendendo a modelar para fazer a confecção de sua primeira peça. “Se mulher, a primeira modelagem proposta é da saia básica, e se for homem a primeira modelagem proposta é um short (ou bermuda). A partir dessas propostas, cada um escolhe uma peça para produzir. Na primeira turma, tivemos saia curta, saia mídi, saia longa, saia de malha, saia de tecido, saia com botões, zíperes, saias amarradas. Enfim, tivemos vários modelos que foram propostos pelos alunos, cada um escolhia o seu e aquele molde básico era feito na medida dele. Então eles compravam o tecido e produziam com nosso auxílio. Cada aluno saiu com sua peça escolhida e produzida. No caso dos meninos, muitos fizeram bermuda e casacos tipo sobretudo”, contou.
Já na confecção da segunda peça, os participantes aprendem a modelar as peças de cima: blusa e camiseta básicas. “Eles saem do curso aprendendo a fazer a ampliação desse molde base. De acordo com o molde do corpo dele, já aprende a fazer molde básico justinho, ampliado que pode resultar numa bata, ou se diminuir faz uma blusinha de alça. Se fizer um decote, pode ter um mais profundo ou mais fechado. Eles produziram e finalizaram o curso com uma parte de baixo e uma parte de cima”.
Durante o curso, cada participante faz o que quer no que diz respeito a confecção das peças, o que vai totalmente de encontro com o ‘costurando ideias’. “Tem gente que vem um fazer um upcycling [reutilização criativa], traz um monte de retalho, a gente faz a manta, faz a roupa. Tem aluno que vem com o seu tecido, querendo fazer algum produto, trabalho. Teve aluno que veio já fazer roupinha de boneca para um trabalho da faculdade, de um curso. O propósito é costurar ideias mesmo”.
Satisfação em aprender!
A estudante do curso de Design da Unoeste, Heloisa Bravo da Silva Felix, de 18 anos, também participou do projeto no primeiro semestre. Ela ficou sabendo por meio das colegas de turma. “Entrei no curso pelo depoimento das meninas da minha sala que estavam fazendo, mas também sempre tive interesse pela costura e nunca tive oportunidade de aprender”, revelou a jovem que acabou confeccionando uma saia durante os encontros. “Gostei muito das aulas, e as professoras são um amor. O curso é muito bom, te ensina como produzir qualquer peça e não somente a que estamos fazendo no momento. Aprendi muito”, completou.
Matriculado no 4º termo de Arquitetura e Urbanismo, o estudante Fernando Staut também integrou a primeira turma do projeto. Para ele, a experiência foi extremamente agradável. “O que me levou a participar do projeto foi o fato de que tenho muito interesse por moda, criação, criatividade. Então eu decidi entrar pra dar vazão a tudo isso porque é uma área que me apetece muito”, enfatizou o rapaz, que durante os três meses de curso, acabou confeccionando um short por meio de reaproveitamento de material têxtil. “Adorei os professores, a Veridiana é uma graça, super animada e solícita, assim como a Luli [Hata – professora dos cursos de Artes Visuais, Arquitetura e Design da Unoeste] que também é paciente. Então eu diria pra pessoas que têm interesse pra ir, vai sem medo, vai com medo. É um lugar gostoso, divertido, que dá pra trocar ideias com o pessoal, com as professoras, é um momento de descontração, criação. E tem que aproveitar mesmo a oportunidade porque é muito bacana”, garante o rapaz.
Heloisa Felix, estudante de Design da Unoeste: “O curso é muito bom, te ensina como produzir qualquer peça” (Foto: Ector Gervasoni)
