Pós em Educação comemora 20 anos de credenciamento pelo MEC
Programa alcança nível de excelência e apresenta impactos educacionais e sociais no oeste paulista e no país
Reunião do Programa de Pós-graduação em Educação (Foto: Homéro Ferreira)
O Programa de Pós-graduação em Educação, pelo qual a Unoeste oferta mestrado e doutorado, comemora 20 anos do seu credenciamento pelo Ministério da Educação (MEC), ocorrido em 20 de junho de 2003. Nesse período foram desenvolvidas 450 pesquisas cuja qualidade permitiu alcançar nível de excelência, com a obtenção do conceito 5 na última avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Produção científica que tem gerado impactos educacionais e sociais no país e, especialmente, no oeste paulista, por conta do programa estar sediado em Presidente Prudente, no campus II da universidade cinquentenária.
Para a vice-coordenadora do programa Dra. Danielle Aparecida do Nascimento dos Santos, as duas décadas de educadores formando novos educadores representa importantes contribuições para a cidade, região e o país. “São mais de 400 pesquisas de mestrado realizadas e agora as pesquisas de doutorado em andamento. São egressos que estão no mundo do trabalho e muitos deles atuando como dirigentes regionais de Ensino, secretários municipais de Educação e gestores em diferentes áreas e professores. É uma semente plantada em cada um desses contextos e que levam a história do programa para o desenvolvimento da educação nesses lugares”, comenta.
Para a Dra. Danielle, o programa chega aos 20 anos mais fortalecido que nunca e diz que nos últimos 10 anos houve um esforço muito grande, por conta dos critérios de avaliação da Capes para chegar ao nível de excelência. “É um esforço coletivo, tanto dos docentes do programa e dos coordenadores quanto dos estudantes que se empenharam em contribuir para chegarmos a esse patamar, com publicações qualificadas e com a qualificação dos impactos sociais e educacionais das pesquisas, dos projetos que são feitos em parceiras, especialmente com esses egressos que, como dirigentes de secretarias de Educação, se tornam nossos parceiros no desenvolvimento dos nossos projetos”, pontua.
Qualificação de excelência
A coordenadora Dra. Camélia Santina Murgo reafirma essa condição de expressiva contribuição do programa, citando que egressos ocupam cargos importantes nas universidades, nas escolas de educação básica e em centros de pesquisas. Conta que em relatos, os egressos afirmam terem vivido no programa experiências muito engrandecedoras na qualificação técnica e no entendimento ético. “Eles saem do programa com um nível de qualificação de excelência para a pesquisa e para a docência e isso, inclusive, garante oportunidades no mercado de trabalho. Também relatam a vivência que é ofertada aqui no programa, dos espaços de estar com outros, de conviver com outros, de entender sobre ética e integridade na educação, algo que a gente tem priorizado muito no nosso programa”, diz.
Sobre a ampliação de oportunidade no mercado de trabalho para quem faz pós-graduação stricto sensu, a Dra. Camélia explica que o campo de interesse maior de quem faz ou mestrado ou o doutorado ou os dois em Educação é a docência na educação básica e no ensino superior. Mas, afirma que, indiscutivelmente, uma titulação é representativa na pontuação em concurso público, nas diversas áreas e nos diversos postos que possam ser ocupados. “Um advogado ou um psicólogo que tenham mestrado e doutorado, que presta um concurso específico na sua área, também têm um diferencial”, exemplifica.
Outro aspecto de relevância é o do programa estar inserido no contexto nacional de outros programas. “É uma situação muito peculiar, porque as universidades que têm programas maiores e que são vinculadas às instâncias públicas, as universidades federais e estaduais, acabam tendo um número mais volumoso de pesquisadores, de estudantes e acredita-se, nesse primeiro olhar, que vão ter mais volume de produção científica. Quando uma universidade particular, com um grupo menor de docência, alcança também essa expressividade, tanto no volume quanto na qualificação das produções é algo engrandecedor e de reconhecimento para a universidade”, explica.
Impacto muito positivo
“Mas, também eu vejo que o grupo de pesquisadores dessa instância nacional que é o FORPREd [Fórum de Coordenadores de Programas de Pós-Graduação em Educação], do qual nós participamos, nos acolhe com muito otimismo por pensar que a pesquisa e a capacitação docente na formação do educador é também estendida ao segmento de universidades particulares. Causa impacto muito positivo nossa presença nessas instâncias e nós também criamos redes de contato com outros pesquisadores”, conta a Dra. Camélia que enaltece o apoio institucional.
“Nós temos uma condição de realmente podermos ser pesquisadores. Isso é um diferencial e não seria possível se esse apoio institucional [da Unoeste] não fosse muito concreto. Então, temos condição de destinar carga horária para as nossas pesquisas, dentro do nosso regime de trabalho. Temos oportunidade de transitar por outros espaços. O corpo docente tem apoio e liberdade para se aperfeiçoar em pós-doutorado, fazer intercâmbios internacionais e participar de grupos externos de pesquisa. Temos apoio acadêmico e também operacional; um investimento institucional na nossa qualificação para manter esse nível de excelência”, afirma.
Para o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Dr. Adilson Eduardo Guelfi tem sido excelente a evolução do programa nos últimos 10 anos, considerando as obtenções do conceito Capes, saltando de 3 para 4 e daí para 5. “Isso demonstra a evolução qualitativa do programa, reflete nos resultados e nos impactos positivos para a sociedade”, comenta e elogia a coordenação, os professores e outros profissionais envolvidos no trabalho com os alunos, por alcançarem resultados expressivos e terem o que realmente comemorar nos 20 anos de reconhecimento do programa.
Participantes da reunião do Programa de Pós-graduação em Educação da Unoeste (Foto: Homéro Ferreira)
