25/11/2019

Na prática: acadêmicos desenvolvem projetos com Arduinos

Bengala eletrônica, alarmes residenciais, monitoramento cardíaco e sistema de irrigação estão entre as pospostas de alunos do 4º termo de Ciência da Computação

Foto: Gabriela Oliveira

Projetos foram desenvolvidos com microcontroladores disponibilizados no laboratório da Fipp/Unoeste


Imagine uma bengala equipada com um sensor de distância ultrassom e um motor vibracall que possa auxiliar na locomoção de deficientes visuais... Pois bem, essa foi uma das propostas desenvolvidas pelos acadêmicos do 4º termo do curso de Ciência da Computação da Faculdade de Informática (Fipp) da Unoeste. As ideias dos estudantes foram concretizadas no Laboratório de Sistemas Digitais e Microcontroladores e foram apresentadas na última sexta-feira (22).

Muito conhecimento técnico e criatividade foram aplicados nos trabalhos acadêmicos. Teve grupo que formulou um dispositivo capaz de registrar a idade de uma pessoa por meio de um teclado de membrana, além de monitorar a sua frequência cardíaca e a sua oxigenação. Algumas equipes pensaram em alternativas de sistemas de segurança residencial e de fechadura que abre e fecha com senha, enquanto outros estudantes buscaram realizar um sistema de irrigação, considerando a umidade do solo, a luminosidade e a temperatura do ambiente.

O professor Dr. Flávio Pandur explica que a iniciativa faz parte da disciplina de Arquitetura de Computadores 2. “Apresentei aos universitários a proposta de desenvolver um projeto prático, utilizando a plataforma Arduino. Sendo assim, eles tiveram que pensar desde a concepção da ideia até a solução final contemplando tanto o software, quanto o hardware e utilizando os microcontroladores disponibilizados no laboratório”.

Ele comenta que nessa sexta (22), os acadêmicos deram os últimos retoques nos projetos que foram avaliados por ele. Conta que para a análise foram considerados os critérios de aplicabilidade, complexidade, criatividade (da ideia e no desenvolvimento de soluções) e a participação efetiva de cada integrante no desenvolvimento.

Flavio avalia que os trabalhos estavam bem interessantes do ponto de vista da aplicação prática, sendo que alguns foram realmente bem inovadores. “A maioria dos grupos implementou características extras que não estavam previstas no pré-projeto proposto por eles. De forma geral, o saldo foi bastante positivo e notei o entusiasmo com que os grupos desenvolveram a atividade, propondo soluções práticas para problemas reais”.

O docente acrescenta que essa iniciativa oportunizou aos futuros profissionais, colocar em prática vários conceitos teóricos trabalhados nas aulas. “Foram momentos de construção do conhecimento, onde eles também tiveram a chance de expandir o embasamento que adquiriram por meio de pesquisas para a elaboração desses projetos”.

Guilherme Silva Azevedo ajudou o grupo na iniciativa da bengala eletrônica. “Conseguimos atingir o nosso objetivo principal que era a detecção dos obstáculos. Foi uma experiência diferenciada em que aprendemos muita coisa nova”, diz. O Gabriel Marioto e a sua equipe empregou o Arduino para um sistema de irrigação. “Nunca tive contato com esse tipo de equipamento e graças ao Laboratório de Microcontroladores tivemos essa oportunidade”. Para a Mariana Ramalho, a atividade prática foi inusitada. Junto com os colegas de sala projetaram um sistema de alarme residencial ultrassônico. “Pesquisamos e nos aprofundamos sobre o assunto para atingir nossa meta, foi incrível”, conclui.


Legenda: Projetos foram desenvolvidos com microcontroladores disponibilizados no laboratório da Fipp/Unoeste
Créditos: Gabriela Oliveira