25/08/2023

Estudantes do curso de Farmácia são premiadas em congresso

Orientador afirma que o feito simboliza o reconhecimento à pesquisa, ao comprometimento da equipe e o incentivo da Unoeste e Fapesp

Janaina Bombonato, Dr. Wilson Nakagaki e Barbara Bomfim: prêmio relevante (Foto: Homéro Ferreira)

Inseridas em iniciação científica, as estudantes do curso de Farmácia, Janaina da Silva Bombonato e Bárbara Lopes Bomfim, foram premiadas no 9º Congresso Catarinense de Endocrinologia e Metabologia. O orientador professor Dr. Wilson Romero Nakagaki afirma ser uma premiação muito importante, que simboliza o reconhecimento à pesquisa, ao comprometimento da equipe e do incentivo da Unoeste e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O orientador diz ainda que o prêmio estimula a pesquisa e a produção científica na área, demonstrando forte correlação e associação com os temas discutidos no referido evento científico, tais como o metabolismo ósseo, a diabetes mellitus e os medicamentos antidiabéticos orais pertencentes à classe SGLT2. O evento teve a participação de palestrantes altamente qualificados e a apresentação de trabalhos científicos.

Realizado pela regional catarinense da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o congresso ocorreu no Hotel Intercity Portofino, em Florianópolis (SC), dias 4 e 5 deste mês. Além da programação científica atualizada e ética, foram proporcionados momentos de troca de experiências com profissionais da saúde e empresas do segmento, tais como as multinacionais da indústria farmacêutica AstraZeneca e Merck, respectivamente de origem britânica e alemã.

Extrema importância

O trabalho premiado estuda o efeito no tecido ósseo decorrente do uso de medicamentos orais destinados ao tratamento da diabetes mellitus e denominados de inibidores do cotransporte sódio glicose 2 (inibidores de SGLT2). “Este tema é de extrema importância porque há evidências na literatura cientifica que relatam que essa classe de medicamentos poderia provocar comprometimento do tecido ósseo e, por consequência, aumentar a ocorrência de fraturas”, diz o Dr. Wilson.

Ele explica que não se sabe se o possível comprometimento seria provocado exclusivamente pelo medicamento ou pela doença, ou por ambos, pois pacientes diabéticos podem apresentar menor densidade mineral óssea e, assim, apresentar maior risco às fraturas. “Então, é necessário analisar os medicamentos isoladamente, sem a diabetes instalada”, pontua, complementando que o estudo premiado é parte de extenso projeto guarda-chuva iniciado anteriormente, que está sendo e será continuado por outros alunos.

Delineamento experimental

“O trabalho premiado no congresso analisou o osso trabecular da epífise proximal de fêmures de ratos sadios submetidos ao uso de três inibidores do SGLT2 (dapagliflozina, empagliflozina e canagliflozina). No referido estudo, o grupo controle (animais que não receberam medicamentos) apresentou maior espessura das trabéculas ósseas quando comparado aos três grupos que receberam, cada um, um dos medicamentos. Além disso, a área total trabecular da região analisada foi semelhante entre os quatro grupos. Tais dados foram complementados com a observação das lâminas histológicas”, conta.

“Foi identificado que as trabéculas ósseas do grupo controle eram mais largas e mais curtas em relação aos demais grupos, que apresentaram trabéculas mais delgadas e mais longas, indicando maior fragilidade às demandas mecânicas mesmo com área semelhante. Conclui-se que os inibidores de SGLT2 promoveram alterações na arquitetura do osso trabecular em ratos sadios, sem ter sofrido a interferência oriunda dos efeitos deletérios provocados pela diabetes mellitus”, comenta.

Início e colaboração

Os estudos começaram em 2021, durante a dissertação de mestrado em Ciências da Saúde da médica Ana Elisa Rebeschini de Marchi, com orientação do Dr. Wilson e que recebeu a colaboração das alunas premiadas Janaina e Bárbara, bem como de Ana Beatriz Grotto Piperas. “As três participaram em outras extensões desse projeto guarda-chuva, assim com a Ana Elisa realizou outra. Esta pesquisa ainda não tem previsão de encerramento”, conta o orientador. A experimentação do trabalho premiado ocorreu no Biotério Experimental e as análises morfológica e morfométrica no Laboratório de Patologia.

O Dr. Wilson é fisioterapeuta formado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT/Unesp), o campus da Unesp em Presidente Prudente.  Fez mestrado em biologia celular e estrutural, com a área de concentração em biologia celular, na Unicamp; e doutorado na mesma instituição, com a área de concentração em anatomia. É professor em cursos de graduação da Unoeste e no Programa de Mestrado em Ciências da Saúde. 

Muito gratificante

Natural de Bastos (SP) e morando em Presidente Prudente, Janaina é bolsista de iniciação científica pela Fapesp.  Egressa do ensino médio na Escola Estadual Tsuya Ohno Kimura afirma que o curso de Farmácia é intensivo e gratificante para quem deseja ajudar outras pessoas, atuando na área da saúde. “Além disso, escolhi a Unoeste porque oferta um dos cursos de Farmácia mais conceituados do estado de São Paulo. A universidade está evoluindo cada vez mais como, por exemplo, ter recebido recentemente a nota máxima no recredenciamento do MEC [Ministério da Educação]”, comenta Janaina.

“Cabe ressaltar que o curso de Farmácia vale muito a pena, se você entrar com uma área de atuação em mente terá muitas oportunidades para desempenhar atividades de pesquisa e extensão na área; porém, se você mudar de ideia e se encantar por outro campo, a profissão tem mais de 130 áreas que poderá se identificar. Ter o trabalho premiado é incrível, ainda mais para alunos ou bolsistas de iniciação científica que desejam seguir carreira na área de pesquisa, como eu. É muito gratificante ver que meu trabalho é relevante. Sou muito grata por ser orientada pelo professor Dr. Wilson Romero Nakagaki”, ressalta.

Sensação indescritível

Natural de São Bernardo do Campo (SP), Bárbara Lopes Bomfim mora em Piquerobi (SP). Fez o ensino médio na Etec – Escola Técnica Professor Milton Gazzetti, em Presidente Venceslau (SP). “Minha jornada no curso de Farmácia está proporcionando muitos desafios e ofertando conhecimentos que me motivam continuar a trilhar meu caminho profissional. Escolhi a Unoeste para fazer minha graduação por ser uma universidade de grande relevância, não só na região do oeste paulista, mas também no Brasil”, explica.

“A graduação em Farmácia vale muito a pena, pois o curso oferece muitas oportunidades, proporcionado ao aluno ter a possibilidade de explorar diversas áreas nas quais o farmacêutico pode atuar. Receber prêmio por um trabalho científico é uma sensação indescritível de realização, sabendo que todo o esforço dedicado valeu a pena”, diz Bárbara sobre o seu encantamento com o vem ocorrendo de bom na sua jornada acadêmica.

Se você tem interesse em conhecer a estrutura que o curso de Farmácia da Unoeste oferece aos seus alunos, clique agora no Blog Unoeste e saiba mais.

 


Legenda: Janaina Bombonato, Dr. Wilson Nakagaki e Barbara Bomfim: prêmio relevante
Créditos: Homéro Ferreira