Estado debate contaminantes e a relação com doenças crônicas
Seminário de nível internacional envolve pesquisadora vinculada à Unoeste e que atua na área de microplásticos
Dra. Renata Rossi contribuiu com mesa-redonda de nível internacional (Foto: Homéro Ferreira)
A produção científica desenvolvida na Unoeste é mais uma vez colocada em relevo com o convite de pesquisadora para dar a sua contribuição no 23º Seminário Paulista de Segurança Química, Áreas Contaminadas e Saúde.
Participaram profissionais com expertise no assunto: brasileiros de instituições públicas e privadas, alemão e italiano. Dentre os quais esteve a Dra. Renata Calciolari Rossi que atua no curso de Medicina, na pós lato sensu e em dois programas de pós-graduação.
O evento on-line do governo paulista, por meio da Secretaria da Saúde, pela Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) e com o envolvimento da Coordenadoria de Vigilância Sanitária (CVS), ocorreu na segunda (25) e terça-feira (26) desta semana.
Além das participações de especialistas nacionais e internacionais, o seminário contou com o envolvimento de importantes órgãos como o Ministério da Saúde e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Foram realizados dois painéis, com duas conferências e duas mesas-redondas. A Dra. Renata participou do painel “Contaminantes emergentes em saúde humana”, na mesa- redonda “Desafios da exposição ambiental a contaminantes emergentes”.
Assuntos debatidos
No primeiro momento, Dr. Philip Marx-Stoelting, do German Federal Institute for Risk Assessment, de Berlin na Alemanha, falou sobre o “Projeto PARC inovado à avaliação do risco químico”, cuja sigla é de Parceria Europeia Cofinanciada.
Na sequência a Dra. Renata discorreu sobre o tema “Microplásticos na agricultura: contaminação do solo, insegurança alimentar e impacto na saúde humana”, representando a Unoeste e seus campi em Presidente Prudente, Jaú e Guarujá.
O último tema do painel foi “Poluentes emergentes: desafios para redução de contaminações ambientais”, exposto por Dr. Eduardo Bessa Azevedo, do Instituto de Química de São Carlos, na Universidade de São Paulo (USP).
A mediação do debate no encerramento da mesa-redonda foi feita pela Dr. Fernanda Junqueira Salles, da Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde (GGVAM/MS).
A abordagem da Dra. Renata sobre os malefícios dos microplásticos no solo e na saúde humana, com focos em estratégias para diminuir esse resíduo no meio ambiente e melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Estudos científicos
A pesquisadora conta que os microplásticos (plástico com menos de 0,5 cm degradados por microrganismos) foram estudados pela primeira vez em 1972, mas só receberam esse nome em 2004 e desde então muitos estudos científicos têm sido realizados.
Um dos estudos que orienta agora é a revisão sistemática sobre microplásticos em modelos animais, pelo aluno Bruno Henrique Couto Oliveira, com bolsa de iniciação científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Outros seis estudantes do curso do Medicina produzem o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) com a abordagem sobre microplásticos nos aceanos, dentre os quais estão Giuliano Henrique Rettori Caldoroni e Lucas Curi Pandini.
Os demais orientados pela Dra. Renata – fisioterapeuta especialista em saúde, mestre e doutora em ciências da saúde – são os seguintes: Maria Luisa Rasera de Azevedo, Rodrigo Tomiazi, Enzo Dalben Vitti e Amanda Aparecida Paulino Castro.
Os programas de pós-graduação stricto sensu nos quais atua são os de Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional (Madre) com mestrado e doutorado; e o de Ciências da Saúde que oferece mestrado em breve ofertará doutorado.