Cultivo em água contempla merenda escolar e pequeno produtor
Projeto de pesquisa e extensão instala experimentos para comparar resultados de produções em aquaponia e hidroponia
Estrutura para cultivo de hortaliças em canaleta de pvc (Foto: Homéro Ferreira)
Projeto de alcance social e interesse regional para a agricultura familiar inicia desenvolvimento de pesquisa com experimentos de cultivo de hortaliça em água, visando saber qual sistema é melhor: aquaponia ou hidroponia.
Com a experimentação por tempo indeterminado, as produções serão destinadas à merenda escolar. Os resultados encontrados serão disponibilizados aos interessados em ter mais uma fonte de renda em sua propriedade.
Aquaponia é um sistema de cultivo que combina criação de peixes com o cultivo de hortaliça em água extraída de tanques de piscicultura, com aproveitamento dos seus nutrientes. A hidroponia utiliza água potável com aplicação de solução nutritiva.
Lançado na manhã desta quinta-feira (20), o projeto é denominado AquaHidro – Mergulhando nos ODS´s, sigla de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, propostos em assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Simples e de baixo custo
É um projeto simples e de baixo custo, mas que requer cuidados e entendimento sobre qual dos dois sistemas apresenta melhores resultados, entre os quais o crescimento mais rápido e com maior volume de folhas.
A pesquisa busca dar essa reposta, conforme a professora responsável pelo projeto Dra. Camila Baptistão Zaniboni que atua juntamente com a coordenadora do setor de Piscicultura da Unoeste, a zootecnista Rosimeire de Souza Santos.
São dois experimentos, respectivamente de aquaponia e hidroponia – instalados em estufa no setor que fica ao lado do Centro Zootécnico, no campus 2. Cada um possui sete canaletas de pvc com 18 furos, possibilitando o cultivo de 126 pés de alface.
Os cultivos são de três tipos: crespa, roxa e americana. Como são duas estruturas iguais, o cultivo total é de 252 pés, com colheitas previstas a cada 40 dias. Além das canaletas de pvc, são utilizados canos, mangueiras, caixas d´água e tambores plásticos recicláveis.
Tem ainda bombas para puxar água do tanque de piscicultura e nos reservatórios, que são as caixas d´água, para fazer a circulação. Tambores, também conhecidos como bombas, são utilizados no processo de decantação da matéria orgânica
Amplo envolvimento
Conforme o diretor da Faculdade de Ciências Agrárias, Dr. Carlos Sérgio Tiritan, é um projeto sem complicações, desenvolvido em caráter multidisciplinar, interdisciplinar e interinstitucional.
Estão diretamente envolvidos os cursos de Agronomia e Zootecnica, presenciais e EAD, da própria faculdade que também oferece Medicina Veterinária e o Núcleo de Pesquisa em Alimentos (Nupai).
Tem ainda o envolvimento do Centro de Olericultura e Fruticultura do Oeste Paulista (Ceofop), Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext) e Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG).
A participação externa é da unidade regional da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Estiveram presentes no lançamento do projeto pesquisadores da Apta em Presidente Prudente, Dr. Eidi Yoshihara, pesquisador em sanidade animal na área da piscicultura; e Dr. Ricardo Firetti, pesquisador da área de economia agrícola.
Iniciação científica
A pesquisa pelo Programa Especial de Iniciação Científica (Peic) envolve cinco alunos da graduação e estiveram presentes no lançamento do projeto Felipe Baltazar da Rocha, do curso de Agronomia EAD, Pedro Okuda e Bianca Magalhães, do presencial.
As falas foram da Dra. Camila, Felipe, Rosimeire (mestre em Ciência Animal), Tiritan e Dra. Danielle Nascimento, coordenadora dos cursos de Pedagogia presencial e EAD; e vice coordenadora do Programa de Pós-graduação em Educação.
A Dra. Danielle coordena o projeto “Unoeste é o Universidade e Sociedade juntas pelo bem estar social, cidadania e vida em atendimento aos objetivos do desenvolvimento sustentável no Pontal do Paranapanema/SP”.
Sua fala foi sobre a boa impressão, sobre ações do projeto, deixada pela Unoeste no recente Seminário de Acompanhamento do Programa de Extensão da Educação Superior na Pós-Graduação (ProextPG), em Minas Gerais.
O pró-reitor da Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Dr. Adilson Eduardo Guelfi esteve representado pela coordenadora de ações extensivas gerais Cidinha Martines. Dentre outros presentes, esteve o coordenador de serviços da Unoeste, Gabriel Vendrame.
Pelo programa Unoeste + Cultura, conduzido pelo professor Josué Pantaleão, a cerimônia foi abrilhantada com música sertaneja classe A, por Renato Sales Coelho e Júlio César de Souza, respectivamente alunos do doutorado e graduação em Agronomia.
Projeto envolve alunos da graduação em iniciação científica (Foto: Homéro Ferreira)