Canal permite estudantes avaliarem ações do Papp nas ESFs
Dinâmica de aprendizagem é realizada ao menos duas vezes no semestre; fragilidades e fortalezas regem avaliação discente sobre as práticas desenvolvidas em unidades de saúde
Durante encontro estudantes e professores de Medicina tiveram a oportunidade de compartilhar experiências e perspectivas do Papp (Foto: Emerson Sanchez)
A Faculdade de Medicina de Presidente Prudente, por meio do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (Papp), realizou na tarde dessa quinta-feira (25), na Sala 12, do Bloco H, campus 1 da Unoeste, o “Canal do Estudante Papp/Famepp/Unoeste". O encontro, que integra alunos dos termos iniciais da Medicina e ocorre ao menos duas vezes a cada semestre, é dedicado aos estudantes. Nele, eles avaliam as ações desenvolvidas em nove Estratégias de Saúde da Família (ESFs), de Presidente Prudente e Álvares Machado, onde o Papp está inserido.
No bate-papo integrado, que contou com as presenças de professores da Medicina, entre elas a secretária municipal de Saúde de Álvares Machado, Neide Castilho, os estudantes tiveram a oportunidade de compartilhar experiências e perspectivas do programa, fazer sugestões e propor melhorias nas ações desenvolvidas dentro dessas unidades onde eles normalmente são integrados como membros das equipes interprofissionais.
“Os estudantes que fazem as práticas, do 1º ao 5 termo, estão com uma complexidade crescente fazendo atividades na Atenção Individual, na Atenção Coletiva, nos Processos de Trabalho em Saúde e na Educação em Saúde, conforme determinam as diretrizes curriculares nacionais de 2014. Então a ideia de reuni-los aqui é para que façam avaliação discente sobre as práticas desenvolvidas nas ESFs, para apontarem fragilidades e fortalezas do processo. Essa avaliação é fundamental também do ponto de vista pedagógico, porque os estudantes são clientes do processo ensino aprendizagem, e o mais importante é que as demandas emergem das necessidades de saúde das pessoas que moram nos territórios”, explica o coordenador do Papp, o professor Alex Wander Nenartavis.
Ainda de acordo com o professor, a iniciativa também visa fortalecer a participação dos acadêmicos no processo de melhoria contínua dos serviços prestados à comunidade, além de fornecer um espaço para o aprimoramento das práticas profissionais. “É sempre um crescente, nós estamos em processo, a gente gosta de falar isso. Então essa avaliação é muito importante porque eles sinalizam as fragilidades, as fortalezas, ‘olha estamos gostando muito da unidade x’. E aí as professoras de todos os termos que estão presentes e elas escutam o que está legal, o que precisa melhorar, e a gente vai melhorando, vai perguntando, vai trabalhando com o objetivo de sempre melhorar o trabalho que já é de excelência”, ressalta Nenartavis.
Aprendizagem pra somar
Os alunos que participam do Papp nas ESFs normalmente trabalham em conjunto com profissionais de diferentes áreas da saúde, como médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais. Essa integração propicia uma formação mais ampla e enriquecedora, permitindo que eles desenvolvam habilidades interdisciplinares e compreendam a importância do trabalho em equipe na promoção da saúde e no atendimento integral à população. A aluna do 5º termo de Medicina, Emília Carvalho Herling, enaltece o trabalho de comprometimento do Papp, e diz que momentos como este é de fundamental importância para troca de experiências.
José Eduardo Baptistini, aluno do 3º termo de Medicina: “Eu acho que é importante trazer esses fatos do dia a dia que a gente lida na ESF” (Foto: Emerson Sanchez)
“Uma vez que somos colocado em contato com a prática, porque aqui na Unoeste a gente é inserido desde o primeiro termo com postos de saúde e ESFs, é muito legal porque quando a gente tem esse contato temos uma visão sobre aquilo. O canal do estudante é o espaço para depositar o que a gente tá enxergando dentro do posto de saúde. Então aqui é colocado várias coisas, como as fortalezas e as fragilidades do sistema, a gente consegue entender mais e casar aquilo que aprendemos na teoria da saúde coletiva pública com a prática possibilitada por meio do Papp”, explicou.
O aluno do 3º termo de Medicina, José Eduardo Pizzorusso Baptistini, compartilha praticamente da mesma opinião quanto à importância do canal. “Eu acho que é importante trazer esses fatos do dia a dia que a gente lida na ESF porque é um repertório profissional até. Nos ajuda bastante em diagnosticar, tratar e atender a população que necessita. Exemplo: uma ESF que não está tão desenvolvida quanto a outra, essa troca já facilita a tomar como exemplo ações preventivas e políticas públicas adotadas e sugerir para que se aplique em outra, melhorando o atendimento à sua população”, considera.
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