07/11/2023

Alunos da Unoeste se destacam em Maratona de Programação

Com crescimento da participação feminina, final nacional da 28ª Maratona SBC de Programação teve 65 equipes disputando entre si, entre elas a Fipp/Unoeste que também tinha mulher na composição

Time da FIPP/Unoeste durante participação na final brasileira da Maratona SBC de Programação, em Chapecó, Santa Catarina (Foto: Cedida)

Em mais um ano, a Unoeste por meio da Faculdade de Informática de Presidente Prudente (Fipp) chega à final da 28ª Maratona SBC de Programação 2023, realizada de 19 a 21 de outubro, no Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó, Santa Catarina. Ao todo, 65 times de instituições de ensino superior de todo o país chegaram a fase mais difícil em território nacional e que neste ano contou com um diferencial positivo para a computação: o crescimento da participação feminina. Treze equipes contavam com mulheres nas suas formações. Entre elas, a da Fipp/Unoeste que tinha como representante feminina Jéssica Perdomo Alves, aluna do 5º Termo do curso de Sistemas de Informação (BSI).

A Unoeste é a única instituição da região que aparece no ranking da final nacional realizada pela Sociedade Brasileira de Computação. De acordo com o professor da Fipp, Francisco Assis da Silva, os 65 times finalistas foram previamente classificados regionalmente dentre 726 times de 181 instituições brasileiras que se inscreveram para essa edição. O time da FIPP/Unoeste, que carimbou passaporte para essa final na fase regional disputada em Bauru, assegurou a 42º colocação na final, o que é considerado um bom desempenho tendo em vista a quantidade de equipes inscritas na maratona. E essa final selecionou os 15 times que vão representar o Brasil na final latino-americana do International Collegiate Programming Contest (ICPC).

Essa foi a 11ª participação de um time da FIPP/Unoeste na final brasileira da Maratona SBC de Programação que é voltada para alunos e alunas de cursos de graduação e início de pós-graduação na área de computação e afins, a exemplo de engenharia de software, ciência da computação, engenharia de computação, sistemas de informação, matemática, etc. O principal objetivo é estimular nos estudantes a criatividade, a capacidade de trabalho em equipe, a busca de novas soluções de software e a habilidade de resolver problemas sob pressão.

Conceito máximo no MEC, a universidade foi representada pela equipe “Unoeste Resolve com Hash”, composta além da Jéssica, pelos alunos Leonardo Gomes Anholetto e Thiago Shiraishi Kato, também do curso de Sistemas de Informação (BSI). Eles foram supervisionados pelos professores Francisco Assis da Silva, Leandro Luis de Almeida, Francisco Maracci, Mário Pazzoti, além dos coordenadores de cursos Haroldo César Alessi e Emerson Silas Dória.

Aos 22 anos, Jéssica que cursa o 5º termo de BSI gostou de viver a experiência e disse que vai continuar treinando porque pretendo participar mais vezes sim. “Eu tinha muito medo de não dar conta da maratona, por isso não entrei antes, até porque minha rotina acaba sendo corrida, trabalhar e fazer faculdade. Mas sempre gostei de treinar nas plataformas de contest virtual, como o Beecrowd que o nosso professor Francisco apresentou. E participar da maratona acaba sendo uma parte divertida do meu dia. Um grande incentivador foi o Leonardo que está no time, e foi nosso treinador na maior parte do tempo. Em alguns treinos participei por diversão e foi aí que notei que eu poderia tentar, apesar da rotina corrida. A experiência de estudar acerca da programação competitiva é satisfatória em si, descobrimos novos limites e nos aperfeiçoamos em resolver problemas, que é o que mundo precisa”, considerou.

Jéssica Perdomo Alves integrou equipe “Unoeste Resolve com Hash” numa final em que o crescimento da participação feminina foi perceptível (Foto: Cedida)

Ela também falou sobre o crescimento da participação feminina na maratona. “Foi muito especial para mim, fazer parte da porcentagem feminina, porque apesar de ser falado constantemente sobre o espaço que as meninas precisam conquistar, ainda é algo que vemos em falta. Espero que mais meninas possam participar nas próximas edições e que mais pessoas tenham vontade de se arriscar na programação competitiva”, frisou Jéssica.

Já Thiago Kato enalteceu que a participação na condição de competidor foi a sua estreia na disputa. “Foi minha primeira participação e experiência em algo dessa magnitude. Achei que foi algo bom para meu crescimento pessoal e acadêmico, pois visitei um lugar novo, conheci novas pessoas e aprendi sobre partes da área de programação que não conhecia”, disse o rapaz de 24 anos e estudante do 3º termo de BSI.

Maratona SBC

A Maratona de Programação existe desde 2006. Ela nasceu das competições regionais classificatórias para as finais mundiais do concurso de programação da ACM, o ACM International Collegiate Programming Contest, e é parte da regional sul-americana do concurso. A competição mobiliza alunos de cursos de graduação e início de pós-graduação na área de computação e afins, como Ciência da Computação, Engenharia de Computação, Sistemas de Informação, Matemática, etc. 

A maratona desperta nos alunos a criatividade, a capacidade de trabalho em equipe, a busca de novas soluções de software e a habilidade de resolver problemas sob pressão. Cada equipe participante é composta por três alunos, que tentam resolver durante cinco horas o maior número possível dos 8 ou mais problemas que são entregues no início da competição. Estes alunos têm à sua disposição apenas um computador e material impresso (livros, listagens, manuais) para vencer a batalha contra o relógio e os problemas propostos. A equipe que resolve o maior número de problemas no menor tempo é declarado o vencedor.

Neste ano, a equipe “Eu já tenho meu veredito, FAKE AC”, da Unicamp, foi a campeã da 28ª Maratona SBC de Programação. Além dela, outras 14 equipes brasileiras foram classificadas para a final latino-americana ICPC, que acontecerá em Guadalajara, no México, em março de 2024.


Legenda: Time da FIPP/Unoeste durante participação na final brasileira da Maratona SBC de Programação, em Chapecó, Santa Catarina
Créditos: Cedida
Legenda: Jéssica Perdomo Alves integrou equipe “Unoeste Resolve com Hash” numa final em que o crescimento da participação feminina foi perceptível
Créditos: Cedida