15/10/2020

Aluna é recebida em intercâmbio por pesquisador Prêmio Nobel

Nova parceria internacional é aberta ao mestrado e doutorado em Agronomia na Kansas State University

Foto: Cedida

Caroline com a equipe do Laboratório de Microbiologia do Solo

 

O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Agronomia, com as ofertas de mestrado e doutorado, promove mais um intercâmbio internacional de pesquisa bem sucedido. Acaba de retornar dos Estados Unidos a estudante Caroline Rocha Honorato que tem sua carreira acadêmica toda construída na Unoeste, com formação em engenharia agronômica e onde fez o mestrado e agora está fazendo o doutorado.

 O fato inusitado é de que as portas na Kansas State University, em Manhattan, foram abertas pelo Prêmio Nobel de 2007, Dr. Charles Rice, na condição de participante de estudo apresentado no Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC) na Organização das Nações Unidas (ONU), com quem a jovem estudante marcondense pode conviver lado a lado durante o intercâmbio.

Essa história começou em janeiro de 2017, quando uma comitiva da universidade norte-americana esteve no Brasil, em viagem organizada pelo Dr. Ciro Rosolem, pesquisador vinculado à Unesp em Botucatu. Foi naquela ocasião que o Dr. Fábio Rafael Echer conheceu o Dr. Charles, com quem acabou acertando o intercâmbio em 2019, após a manifestação do interesse de Caroline.

Para o pesquisador da Unoeste, a realização desse intercâmbio abriu nova parceria internacional que dá a oportunidade de aprender protocolos de pesquisa com um pesquisador de notável referência. Além do que, o intercâmbio representa a evolução da qualidade das pesquisas realizadas na pós-graduação em Agronomia da Unoeste, através da colaboração internacional com esse e outros grupos de pesquisa de vários países.

Caroline foi para Manhattan, no estado do Kansas, no final da primeira quinzena de março e lá ficou até o começo deste mês de outubro. Devido à pandemia do coronavírus, ficou três meses de quarentena participando apenas de algumas coletas a campo e reuniões semanais remotas, do laboratório de microbiologia do solo “Soil Microbial Agroecology Lab”.

Em junho começou a frequentar a universidade, auxiliando em algumas análises laboratoriais e avaliações a campo, além das análises enzimáticas de amostras de solo brasileiro enviado aos Estados Unidos para o seu projeto de pesquisa do mestrado, mas já no início do doutorado.

A estudante avalia como sendo de grande importância o intercâmbio em sua trajetória acadêmica e para a sua vida. “Não é todo dia que encontramos um Nobel e conviver com um durante esse intercâmbio tornou ainda mais especial minha caminhada, aumentando ainda mais a vontade de querer ser doutora em agronomia, de fazer ciência e levar conhecimento às outras pessoas”, disse.

“A transformação na visão pessoal e profissional foi enorme. A oportunidade que essa experiência me proporcionou é incalculável. O network realizado e as coisas que aprendi, provam que valeu a pena. Se aventurar a conhecer uma nova cultura nunca foi fácil, mas quando você é rodeada de pessoas que te apoiam, não tem como dar errado. Sou grata a todos que fizeram isso possível”, comentou.

Foto: Cedida

Caroline Rocha Honorato em frente à Kansas State University

 

Caroline citou em sua fala de gratidão à família e ao Grupo de Estudos do Algodão (GEA), liderado pelo Dr. Fábio. Nascida e criada em Alfredo Marcondes, onde fez o ensino básico e no segundo ano do ensino médio ingressou na Escola Técnica (Etec) Dr. Antônio Eufrásio de Toledo, em Presidente Prudente, para fazer o curso de técnico agrícola; quando surgiu sua paixão por solo e planta.

Por conhecer a estrutura e saber da qualidade de ensino da Unoeste em visitas escolares, associado ao fato de morar em cidade vizinha a Prudente, assim que concluiu o ensino técnico, ingressou no curso de Agronomia com bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni). O mestrado fez com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

A condição de bolsista por ótimo histórico escolar perdura no doutorado com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Filha da pedagoga Elisangela Rocha, doceira nas horas vagas, e do mecânico de máquinas pesadas Cláudio Honorato, agora o plano de Caroline  é realizar doutorado sanduiche em alguma universidade norte-americana. Sua irmã Eloisa, de 17 anos, faz o curso técnico em agropecuária na Etec e a outra irmã Bárbara tem 13 anos.


Legenda: Caroline com a equipe do Laboratório de Microbiologia do Solo
Créditos: Cedida
Legenda: Caroline Rocha Honorato em frente à Kansas State University
Créditos: Cedida