03/02/2020

Aluna de Psicologia defende intercâmbio na América do Sul

Experiência vivida na Colômbia motiva essa defesa em relação aos países de outros continentes, como o Europeu

Foto: Cedida

Ao explorar a cidade de Medellín, Melissa esteve na Comuna 13, uma favela formada por alguns bairros

 

A estudante Melissa Itada Silvério passou quase seis meses fazendo intercâmbio de estudos na Colômbia, com bolsa de mobilidade internacional ofertada pelo próprio curso. Agora, na volta às aulas na Unoeste, contou que viveu uma rica experiência e saiu em defesa da valorização dos países da América do Sul como locais de destino para a troca de conhecimentos científicos e culturais, especialmente.

“Às vezes as pessoas colocam, por exemplo, a Europa como se fosse superior e deixam de valorizar o que está perto da gente, para onde podemos ir sem ter que atravessar o oceano. Não temos que nos inferiorizar em relação a outros povos, de outros continentes”, comenta a estudante, que de 30 de junho a 20 de dezembro DE 2019 estudou na Universidade Centro de Ensino Superior (CES), que fica em Medellín.

As vivências multiculturais ocorreram na universidade e na república que morou com estudantes da Alemanha, Bélgica, França, Itália, República Checa, Holanda e da própria Colômbia. Na universidade, todas as aulas eram em língua espanhola, com os professores tendo o cuidado em falar mais pausadamente, dando atenção especial aos alunos procedentes de outros países.

A intenção de Melissa era fazer três disciplinas, mas fez o dobro. Uma foi eletiva e escolheu fora da psicologia. Foi sobre o desenvolvimento urbano de Medellín, para poder conhecer a história da cidade. As outras cinco foram duas em saúde mental e as demais de psicologia clínica cognitiva; promoção e prevenção em saúde; e psicologia e gestão em saúde. As aulas foram de quarta a sexta, das 6h às 12h.

Com excelente aproveitamento, na atribuição de notas de zero a cinco, a estudante da Unoeste, até por conta do excelente conteúdo de seu curso de origem, obteve a média de quatro em todas as avaliações. Também teve a oportunidade de vivenciar algumas práticas, na realização de trabalhos e em atendimento no hospital. O detalhe que chamou a atenção foi o das aulas serem bastante interativas.

Além da dedicação aos estudos, Melissa conseguiu explorar bem Medellín em seus espaços geográficos e culturais e viajou para capital Bogotá e para algumas cidades do interior colombiano. Entre elas, esteve na cidade praiana de Cartagena, na zona cafeeira de Salento e no Deserto de Tatacoa. “É um país pequeno em extensão territorial se comparado ao Brasil, mas tem deserto, praias, cachoeiras, montanha e neve”, pontuou.

O baixo custo de passagens áreas chamou a atenção, com voo de 1h ao custo equivalente de R$ 200, cerca de um quarto das tarifas em viagens com idêntico tempo no Brasil. Melissa disse que viu muita coisa bonita e revelou que se arrumasse emprego em Medellín, iria morar na cidade conhecida como cidade da eterna primavera, local em que o ano todo a temperatura durante o dia chega a 25 ou 27 graus.

A culinária é parecida com a do Brasil, com o arroz e feijão como produtos básicos. Um diferencial na alimentação está no fato de que os colombianos comem muita fruta. Outro expressivo ganho de Mellissa foi a autonomia ao aprender se virar sozinha, a ter iniciativa e correr atrás dos interesses e de solução para as necessidades. Sobre as suas vivências, desde que estava lá, tem trocado informações com estudantes da Unoeste.

Muitos querem saber se vale a pena fazer intercâmbio estudantil na Colômbia, ao que Melissa tem respondido que sim. A bolsa de R$ 10 mil cobriu a viagem, sendo a metade para as passagens internacionais de ida e volta, seguro de saúde e documentação; a outra metade para estadia. Para viajar dentro do território colombiano levou a suas economias retiradas da poupança: pouco mais de R$ 5 mil.


Legenda: Ao explorar a cidade de Medellín, Melissa esteve na Comuna 13, uma favela formada por alguns bairros
Créditos: Cedida