11/08/2023

Almoço Científico incentiva pesquisa na Unoeste Guarujá

Ideia do projeto é propor debate entre docentes e alunos e incentivar que cada vez mais sejam realizadas pesquisas no campus

Aluna Gabrielly da Silva falou sobre os impactos da poluição em crianças e idosos da zona portuária (Foto: Guilherme Santana)

Quem foi que disse que não dá para conciliar o horário de almoço com aprendizado? No campus da Unoeste no Guarujá isso é possível sim! Prova disso foi o início da iniciativa Almoço Científico - Apresentação de Projetos de Pesquisas, que ocorreu nessa quinta-feira (10), no Anfiteatro Amendoeira da Praia. A ideia do projeto, idealizado pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão, além de divulgar as pesquisas que são realizadas no campus da Unoeste no Guarujá, é incentivar que docentes e alunos participem e tenham interesse pela pesquisa.

No debut da iniciativa, que contou com mais de 100 inscritos entre professores e alunos, foi apresentada a Pesquisa ‘Efeitos da Poluição Atmosférica no Sistema Respiratório, Cardiovascular e na Qualidade de Vida de Idosos e Crianças Moradores de uma Área Portuária no Município de Guarujá’. Ao abrir o evento, o coordenador do curso de Medicina da Unoeste Guarujá, Dr. Ronald Sérgio Pallota Filho, disse que o que estimula a pesquisa é a dúvida e a busca pelo conhecimento. “Basta saber a pergunta que se quer fazer e a metodologia que deve ser aplicada”, destacou.

Ronald lembrou também que para incentivar ainda mais a pesquisa com orientação, os alunos do 2º e 4º termos da Faculdade de Medicina terão na grade o Meet The Expert, que é um bate-papo em que poderão conversar com um expert que explicará como deve ser feita uma pesquisa. “Para ter a pesquisa, basta ter a ideia e a universidade irá debater, conversar e trocar experiências”, completou.

Sobre o Almoço Científico, a proposta é que o evento seja realizado sempre às quintas-feiras. Nas próximas edições, a ideia é que sejam apresentadas duas pesquisas.

Pesquisa apresentada

Conforme explica uma das integrantes do grupo da pesquisa, a aluna do 6º t da Faculdade de Medicina, Gabrielly Cristina Mattos da Silva, a pesquisa será desenvolvida com mais de 1.300 pessoas, sendo crianças de seis a 11 anos e idosos de 60 a 70. “Precisamos entender que a saúde do meio ambiente e dos animais está interligada com a nossa, e não só isso, elas são interdependentes. Não podemos consumir o que está poluído. Mas quem polui? Os seres humanos”, ressalta ela.

Além disso, a aluna acrescenta que é importante que a comunidade acadêmica da Faculdade de Medicina entenda que as doenças não são geradas espontaneamente, mas que têm os componentes socioambiental e socioeconômico que são atrelados ao desenvolvimento de doenças e transtornos. “É importante termos a consciência de que vivemos, nos alimentamos e precisamos do meio ambiente, assim como ele precisa do nosso cuidado e respeito, principalmente”, completa.

De acordo com a professora doutora Marceli Rocha Leite, que compõe o Núcleo de Pesquisa e Extensão e é orientadora da pesquisa apresentada, principalmente na época da safra a poluição nas casas é visível, porém não é possível quantificá-la. “Esse estudo é um primeiro passo que irá contribuir bastante para a realidade da população”.

Primeiro Almoço Científico superou as expectativas e contou com mais de 100 inscritos, entre docentes e alunos (Foto: Guilherme Santana)

Além de Gabrielly, o grupo da pesquisa apresentada conta ainda com o envolvimento dos alunos Isabella Fernanda Sobral Valverde de Souza, Israel Nascimento dos Santos, Júlia Costa Tsukamoto, Karoline Santos Batista, Luana Serra e Marco Antônio Zanoni Junior.

Parceria

A pesquisa apresentada por Gabrielly conta com a parceria da Prefeitura de Guarujá. Conforme explica a orientadora, o projeto foi apresentado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente que, além de ter gostado, vê como uma possibilidade de realmente demonstrar os efeitos da poluição atmosférica na saúde da população. Dessa forma, Marcelli conta ainda que a pesquisa conseguiu financiamento para aquisição dos equipamentos necessários para que seja executada na prática.

“Neste projeto conseguimos essa verba, mas temos outros que tudo que precisamos conversamos com o pró-reitor que sempre nos ajuda. A Unoeste é uma faculdade que, realmente, incentiva muito a pesquisa”, acrescenta a professora orientadora.  Nesse sentido, o coordenador do curso de Medicina da Unoeste Guarujá afirma que o pesquisador tem a força de vontade e a universidade prima pela pesquisa. “Ela propicia ao pesquisador buscar o fomento com o nome da universidade”, encerra o Dr. Ronald.


Legenda: Aluna Gabrielly da Silva falou sobre os impactos da poluição em crianças e idosos da zona portuária
Créditos: Guilherme Santana
Legenda: Primeiro Almoço Científico superou as expectativas e contou com mais de 100 inscritos, entre docentes e alunos
Créditos: Guilherme Santana